Não pretendo, é claro, definir o que é a esquerda no Brasil, mas creio - e que me perdoem aquele que encontrem algum erro conceitual – que todos aqueles que lutam pela classe trabalhadora, no seu sentido mais amplo (transcendendo aquele conceito de constituirem a classe trabalhadora somente aqueles indivíduos que estão lá, junto, atuando diretamente na linha de produção) constituem uma esquerda. Então, neste balaio, incluo tanto partidos políticos, como, movimentos sindicais e até mesmo entidades sociais de luta.
Assim sendo, destaco um ponto em comum entre todas estas vertentes. Excluindo alguns deles, que se tornaram um tanto quanto irreconhecíveis – leia-se PT – boa parte dos partidos que atuam nesta área, e se apresentam como esquerdistas – para ficar mais fácil lembre do PCO, “Contra burguês vote 16” – bem como, os movimentos e entidades sociais, se autodenominam como marginais.
Acreditar que se é marginal, pressupõe acreditar que há um movimento principal, e que você propõe mudanças a este movimento, correto?
Portanto, podemos concluir que todos estes movimentos são puramente reformistas (para aqueles que acreditavam que este seria um adjetivo só dos tucanos, ledo engano).
Mudanças estruturais somente se darão quando todos eles se unirem, realmente, em torno de uma causa única: o trabalhador. Assim unidos, serão mais fortes, poderão contrapor as oligarquias em diferentes frentes e realmente provocar uma reestruturação nas diferentes concepções de mundo existentes. Se quiser chamar isso de revolução, não me importo...