sábado, 29 de setembro de 2007

Reflexões sobre Partidos Políticos I

Não pretendo, é claro, definir o que é a esquerda no Brasil, mas creio - e que me perdoem aquele que encontrem algum erro conceitual – que todos aqueles que lutam pela classe trabalhadora, no seu sentido mais amplo (transcendendo aquele conceito de constituirem a classe trabalhadora somente aqueles indivíduos que estão lá, junto, atuando diretamente na linha de produção) constituem uma esquerda. Então, neste balaio, incluo tanto partidos políticos, como, movimentos sindicais e até mesmo entidades sociais de luta.

Assim sendo, destaco um ponto em comum entre todas estas vertentes. Excluindo alguns deles, que se tornaram um tanto quanto irreconhecíveis – leia-se PT – boa parte dos partidos que atuam nesta área, e se apresentam como esquerdistas – para ficar mais fácil lembre do PCO, “Contra burguês vote 16” – bem como, os movimentos e entidades sociais, se autodenominam como marginais.

Acreditar que se é marginal, pressupõe acreditar que há um movimento principal, e que você propõe mudanças a este movimento, correto?

Portanto, podemos concluir que todos estes movimentos são puramente reformistas (para aqueles que acreditavam que este seria um adjetivo só dos tucanos, ledo engano).

Mudanças estruturais somente se darão quando todos eles se unirem, realmente, em torno de uma causa única: o trabalhador. Assim unidos, serão mais fortes, poderão contrapor as oligarquias em diferentes frentes e realmente provocar uma reestruturação nas diferentes concepções de mundo existentes. Se quiser chamar isso de revolução, não me importo...

2 comentários:

Vanessa Silva disse...

O que podemos definir como reformistas? Apontar questões pontuais e propor mudanças somente nesse ponto?
Concordo com vc quando cita partidos políticos, mas colocar inclusive movimentos sociais no mesmo balaio, pode ser complicado. Pensar que o MST não luta pela causa de todos os trabalhadores, somente pela causa dos trabalhadores rurais e que não têm terra... mas será que não é mesmo necessário fragmentar para focar-se em uma causa?
Mas o problema que vc cita, de desarticulação da esquerda em torno da causa do trabalhador, considero muito pertinente: As revoluções que fracassaram, como a ocorrida na Bolívia, com Juan José Torres, para citar somente um exemplo, deixa evidente que a desarticulação da esquerda, a luta por causas menores e reformistas funciona como alicerce da contra-revolução.

Forza Sempre!

GABRIEL RUIZ disse...

Eu não sei o que comentar a respeito.