sábado, 6 de outubro de 2007

"Já que vamos problematizar, então problematiza tudo!!!"

Acreditem em mim...se tivessem ouvido esta frase da maneira que ouvi, com certeza se assustariam.

Ontem vivenciei um dos momentos mais bizarros da minha vida, estou assustada com a capacidade de dissimulação e manipulação daqueles que se consideram seres racionais.

Acompanhe esta situação nada pretenciosa: uma sala de jornalismo, na disciplina de televisado, tem a missão de escolher os apresentadores da sua primeira produção no semestre...um pequeno telejornal de 30 minutos.

Uma ocorrência simples, se não tivesse virado uma daquelas grandes entendas de repartição pública.

Começou com uma eleição democrática...vencedores?duas garotas, eu e a Ligia, tudo estava bem até que os egos começassem a se manifestar, e para legitimar o orgulho ferido até a democracia foi colocada em pauta.

As pessoas berravam: "Isto é antidemocrático!; Não foi justo!; “já que é para problematizar vamos problematizar, Eu tenho chance numa nova eleição!".

Para entender...imagine, uma escola, daquelas particulares...então, reunião de pais e mestres para decidir quem vai ser a noiva da festa junina da turma da terceira séria C. Mães loucas se engalfinham, e não admitem..."minha filha é a mais bonita, ela tem que ser a noivinha".

Se conseguir visualizar, assim era a minha sala ontem...praticamente uma arena.

Uma nova eleição foi feita, conseguiram impor novamente a reprodução mercadológica, tirar o que não é esteticamente adequado, como foi definido por uma delas, afinal o objetivo é um portfólio adequado.

Seja lá o que for isto, o não esteticamente adequado, duas meninas apresentando, uma negra de cabelo enrolado com uma ruiva...enfim, leia como quiser.

Atenção!Os resultados finais, inimagináveis...ficou decidido que seria um casal para apresentar, inovador!!!mas pasmem, a moça do tempo é linda e a comentarista....hahahahaha...sem comentários!

Celebrem, vamos fazer igual a Globo...magavilha!!!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Democratização das sensações


Passaporte para um universo de significados: a pirataria abre a porta dos fundos para o mundo de desejos e significados.


“No fundo, no fundo, todo mundo quer pagar pouco e ficar na moda, é o que diz a camelô Simone Maria Silva, depois de um largo sorriso. Simone trabalha há cinco anos como camelô, na rua Teodoro Sampaio, em São Paulo, e afirma que as imitações da sua barraquinha são os objetos mais procurados. Mas, não somente pelas pessoas, como ela mesmo define de “mais simples”, segundo a camêlo “tem muito boyzinho que consome seus produtos”.

A cultura de falsificação, no Brasil, sofreu um impulso, ainda na década de 80, quando o governo brasileiro adotou uma política conhecida como Reserva de Mercado, que controlava, rigorosamente, a importação de softwares e hardwares. O principal objetivo era fortalecer a indústria de informática nacional. Nesse período, era comum a troca de disquetes nos departamentos das empresas, mesmo porque, a pirataria ainda não era considerada uma contravenção.

A partir da década de 90, com a abertura do mercado nacional e a extinção da Reserva de Mercado, chega ao Brasil uma infinidade de softwares mais modernos e baratos, mesmo assim, a troca desses produtos continua em alta entre os usuários e a cada dia ganhando mais adeptos.

Hoje, segundo o economista Reinaldo Cafeo, é impossível prever, em média, quais são os prejuízos da pirataria à economia brasileira. Cafeo destaca, no entanto, que “ela tem uma influência muito forte em toda a cadeia produtiva”.

O Secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça, André Barcellos, ressalta que ela pode implicar no fechamento de postos de trabalho na economia formal, na perda de arrecadação de recursos, por evasão fiscal e em sérios danos à imagem do País, como conseqüentes prejuízos no comércio exterior.

Sem mencionar, os riscos a segurança e a saúde dos consumidores: mercadoria pirata não tem garantia e muito menos segue alguma determinação dos órgãos de controle de qualidade. Para Andre Barcellos “ao consumir um produto pirateado, o cidadão está abrindo mão de todas as conquistas obtidas por meio do Código de Defesa do Consumidor”.

Mesmo assim, o mercado informal continua se expandindo, segundo um levantamento feito por um grupo de multinacionais sobre os piores países em termos de pirataria comercial, em janeiro deste ano, o Brasil ficou em quarto lugar no ranking da pirataria.

O investimento do governo federal no combate ao comércio informal e em campanhas publicitárias é muito alto. Em 2005, foi elaborado o Plano Nacional de Combate à Pirataria, traduzido num conjunto de 99 ações e em 2006, foi colocada em prática a Operação I-Commerce, voltada ao combate à venda de produtos pirata na Internet.

Andre Barcellos comenta que as medidas educativas e econômicas devem se somar aos trabalhos de repressão e que em 2007, as ações do governo federal objetivam uma mudança no comportamento do consumidor. Cafeo avalia, no entanto, que todos essas definições do governo são muito tímidas, para o economista elas não atacam a causa do problema, pois parte daqueles que trabalham na informalidade optaram pelo caminho mais fácil, de substituição do emprego pela renda. “Atacar os vendedores aqui na ponta e não pegar quem fabrica não adianta nada. Quando você ataca essas pessoas e não muda a carga tributária, não facilita a abertura da empresa, não apoia com treinamento, não ensina as pessoas a empresariar, não adianta nada. ”, alerta Cafeo.

...calma, que ainda tem mais...

Um luxo só!!!!

Gostaria de compartilhar algum dos meus momentos mais felizes como foca: uma dessas aí que querem ser jornalistas...

Saiu a primeira edição do Jornal Contexto da turma de jornalismo de 2005 da UNESP Bauru...

Agradecimentos? São vários...pessoas ótimas me ajudaram a escrever as matérias, foram tantas...a Simone, uma camelô daquelas bem porretas, os educadíssimos profissionais da Core Brazil, alguns transeuntes que me ajudaram a compor narrativas engraçadas, as meninas do Complexo da Maré, Núbia, competente modelista...enfim...

O melhor mesmo é adquirir uma edição e observar a diversidade de conteúdo e a diagramação clara e suntuosa...mas para aqueles que não tem como vir para Bauru buscar o seu...vou dar um pouquinho deste sabor...publicando algum dos meus textos, mas com alguns aditivos...hehehehe...espero que gostem!